A minha Lista de blogues

22/11/2023

INFORMAL/ANCESTRAL?

 


Chinga chegou a mim, vinha dolorosamente chorando, lhe pedi:

-Mamã não chega muito  em mim, tua dor é grande.

É verdade memo, lhe senti no meu coração, parecia até catanada nas aortas.

Ela recuou dois passos e lhe perguntei?

-O teu “me paga lá” foi no Sudão combater?

-Aca mais velho não xinga só, os madiés não são mais os mesmos!

Lhe olhei bem nas íntimas verdades, ela se doralizou mais, teatralmente chorou mais, mim próprio recuei mais um coxe.

-Mais velho, essa de tirarem o Mano Du das notas traz azar!

-NÃO ENTENDI.Lhe respondi olhando já nos outros lados da vida.

-Então cabrito amarrado tem que ser vigiado, se não ele roi a corda, disse Chinga aumentando seu choro e sofrimento!

-Aiééééé?! Outra maka mais...

16/11/2023

A(GAR)ras

 


 


a (gare)ra do sentido

a gare é ponto intermédio

entre o ser e o ter

penso a razão de existir

passo as estações

sem paragens

tipo um inter-cidades

cheio de dementes olhares

 

perdi me

talvez

achei me

não sei

sei que borbulhaste

uma ebulição

em graus

mais cem

são duzentos?

um sigilo

cheio de escárnio

sorri só com olhar

10/11/2023

RIZOMAS

 

Tenho  duas pernas que me levam por caminhos bifurcados, enroscando se nas crispantes sumarentas dúvidas e o que estás lendo atravessa me o peito escaldando os pergaminhos ao brotar do meu crânio. Ao longe acerca se um brutal temporal, azar , tenhos os bunkeres fechados.

Com os próprios pés, experiencio distâncias com os próprios olhos, sedentarizo esperas  e isso origina me vários desiquilíbrios existenciais despenhando se na doce crueldade do sistema educacional, num etéreo céu.

Morri mais uma vez ( in perpetuum), dispenso a câmara ardente, ardo me por dentro a cada solavanco da Vossa ignorância, estilhaça se na cidade, quase,quase já um caos...

Preservo só em minha mente inúmeras moradas, muitas golpeando as impossíveis respostas, mesmo quando “ecido escrever ortado” («Desescritas».Afrontamentos, 1973).

A despedida feita (quase) por todos com solenidade e pompa, quiçá um sadonacionalistamasoquismo fica nos bem para exacerbarmos o choro dos coitadinhos da culpa sempre dos outros.

Por favor chorem um bocadinho menos e façam um pouco mais.

 

#kimdaMagna

07/11/2023

UM CERNE NUMA PONTA QUALQUER

 


Os limites do papel, onde não chegam ocas realidades, realizar uma escrita com pedra, mesmo que lisa é como achar a proibição de uma montanha, no meio de insípidas e deslavadas  teses quase tísicas ufanando se de valores vidé o pagamentgo na porta da prostituição. Sombras de sombras ,sombreadas de prazeres proibidos, o fruto não prometido trransformado em tentação,dado será... é uma táctica. NOS CONLUIOS  DOS DENTES SEM CARNE , morde só, em sorte terás um gosto amargo de sangue já cuspido pela fêmea mosquito. Consegues escrever o natural com caneta sintética? o quê? fibra óptica é igual a fibra de cânhamo? Diz me só baixinho, acreditas mesmo nas tuas filomentesófibasófias que destilas entre vapores enleantes (etíliticos) e esquisofrénicas liberalidades.Esse vosso é preciso ter fé, nem fumo tem quanto mais fogo, o veio de água pura nunca se apagará. Os delírios do feito à imagem de Deus, propagarão a tua demência e realizarão os desmandos que os teus subterrâneos anseios comandados pelo COMANDANTE deus que te julgas ser. Sentarei plácidamente nesta rocha vulcânica e vou te olhar com o olho de camaleão.

 

KimdaMagna

02/11/2023

AO CALHAS

 

 

E para a irrupção dessa poesia, os frios raios solares tecem encargos graves nos lugarejos os cubicos a  espiar os madiés, por que vivem tristes então? não venceram o Inferno crucificando o?

Escreverei os vossos obituários, mas quem escreverá o meu se são enormes os vícios e virtudes que me vestem a alma feita de matéria imatura candidamente exposta aos gulosos olhos, o abraço que se fechou, a corrente aperta me o pescoço, as palavras moribundas envolvem me em gritos de fúria, repercutem se pelos plasmas telemovidos de sonhos e promessas. Os olhos embaciaram com a perca do livro de poesia tentei desalmadamete não chorar. Em vão... afoguei me no mar de lágrimas derramadas. Ao acordar do pesadelo tolerei me mais cruel, bizarro exigentemente implacável comigo mesmo mas não desesperei e descobri mesmo a luzinha pirilampo e comprendi o ar que teimava em me deixar, a depravação dos usos eram me testemunhos, sangue da carne a fazer uma sombra genuinamente minúscula e assim o poema cresceu tomando tudo ao meu redor, e a livre harmonia do silêncio dormindo à beira do vento, realiza me a certeza que nada destruirá o poema, insustentável, único invadirá as órbitas de todos os olhos.