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04/08/2007

Celestiais Galopes


Cheguei ali muito jovem.
Uma manhã,
tuas pétalas húmidas, orvalhadas
da filigrana pose,
abriam-se oferecendo,
a amâga alma concavidade,
promessas de deleites e cheiros.
Dedos afagando os corpos ardentes,
numa virgem volúptia
teus descalços pés
no tapete petalado,
descansavam.
A nudez entreaberta da carne,
entre os vulvos lábios,
o latejante membro,
gemia certezas
dentro do flamejante movimento,
orgástico.
Ansiosa entreabrias
uivantes galopes, as coxas suplicantes,
mostrávamos-nos cósmicos prazeres
desfalecendo no lânguido torpor
húmido do amplexo
mútuo abraço.

1 comentário:

Unknown disse...

Bem sabes tu, que apesar do ar de boa menina que aparento ter, a essência é como "jindungo", e obviamente prefiro ser uma menina má, pelo menos sempre posso regozijar da forma que mais apetecer.
Teu poema soube retratar o âmago do "nirvana"...

Abraço.