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16/02/2007

INDIFERENÇA


O inferno é o meu máximo.
Eu estava em pleno seio de uma indiferença que é quieta e alerta.
E no seio de um indiferente amor, de um indiferente sono acordado, de uma dor indiferente.
De um Deus que, se eu amava, não compreendia o que Ele queria de mim.
Sei, Ele queria que eu fosse o seu igual,
e que a Ele me igualasse por um amor de que eu não era capaz.
Por um amor tão grande que seria de um pessoal
tão indiferente - como se eu não fosse uma pessoa.
Ele queria que eu fosse com Ele o mundo.
Clarice Lispector

1 comentário:

margarida disse...

Hibernavas. Sobrevivias dormindo para refazeres a força da vida.
Agora porém, é tempo de Primavera. Tempo de estender os braços e os deixar florescer.
Que sejas feliz. :-)