
Talvez… só talvez… este momento em que deixamos de achar os tais mundos antigos, os prolongamentos de nós mesmos, seja a altura de podermos lidar com conceitos que, estando mais separados de nós, dialogam connosco.
E talvez a incomunicabilidade de Narciso, falando só de si para si mesmo, não seja um destino que nos espera.
Isso, claro, se resistirmos a contentar-nos, como Eco tinha de se contentar, em ser a repetição dos sons que os outros soltam. Se formos capazes de pensar por nós. Mesmo errando. Mesmo titubeando. Mesmo correndo riscos. Mesmo tendo de desobedecer aos deuses.