Talvez… só talvez… este momento em que deixamos de achar os tais mundos antigos, os prolongamentos de nós mesmos, seja a altura de podermos lidar com conceitos que, estando mais separados de nós, dialogam connosco.
E talvez a incomunicabilidade de Narciso, falando só de si para si mesmo, não seja um destino que nos espera.
Isso, claro, se resistirmos a contentar-nos, como Eco tinha de se contentar, em ser a repetição dos sons que os outros soltam. Se formos capazes de pensar por nós. Mesmo errando. Mesmo titubeando. Mesmo correndo riscos. Mesmo tendo de desobedecer aos deuses.
5 comentários:
só tentando e errando vamos pra frente, tem um cineasta falecido que dizia que se 99% das pessoas estão concordando com algo não quer dizer que estejam certas.
Deveríamos mas não fazemos. A história é forte demais para nos transformarmos em um quá de pato.
Pensar por nós custa caro, mas vale o preço. Quem começa não pára mais - mesmo arriscado a ficar só, do lado oposto de onde vai a maioria...
Xauaxo!!
adoreeeeeeeeeeei.
às vezes me sinto meio Kassandra! Noutras Eco, noutras Narciso.
mas continuo........
beijos e boa semana,
MM.
È verdade!
Autenticidade é isto, e vejo que na autenticidade também está a inconstância. Não existe constância em nada na vida, nem o "termos que ser isto ou aquilo", porque a existência flui, e se nos deixarmos fluir com ela, estando conscientes, seremos sempre nós mesmos, à despeito dos Ecos, dos deuses e dos Narcisos, mesmo que em alguns momentos, neste fluir, ouçamos e repitamos os ecos, tenhamos que dialogar conosco, como o Narcisos, até porque tudo e todos interagem entre si, simplesmente por estarmos interligados e sofrermos as influências de tudo o que nos rodeia, sem no entanto deixarmos de ser cada um de nós ÚNICOS E INCOMPARÁVEIS, e é esta a beleza de tudo. Simplesmente SER, e com â existência fluir, em estado de alerta e consciência. Simples assim.
Muito bom mesmo!
Parabéns
Beijos
Gwen
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