Definitivamente o som da rua empalidecia , a meu lado surgia do fundo,
UM FUNDO: aquela mulher desprendia se da sua universalidade.
Três crias fizera nascer, no estômago vazio, socos encaixara do homem que a desamava,
vezes,
inúmeras,
rebentara lhe um fio de sangue num dos seus múltiplos cantos, sarava se bebendo dele. Guardava um sorriso para as crias famintas.
Ele o seu homem, alheava se no afastamento, fechado na cruel visão opaca.
Coisas de homens.
Numa centésima vez , o punho, vinha em direcção a ela, renovou forças, ferrando os dentes na carne agressora. Algo sorriu dentro dela, perante o gosto sanguíneo A dor nos olhos dele. Qual fera saltou lhe à jugular, sedenta de mais…
Tomou lhe a vida, tornou o inexistente.
Os olhos das suas crias não olhariam o uso da máscula cruel opressão da linhagem.
Acoitou se em ninho enrolada com suas crias,
seu instinto, atento, mão de mãe madura,
cumprira desígnios.
...muitos amanhãs desconhecidos, os esperavam...
...um certo Natal…
1 comentário:
Onde nasce a esperança é sempre Natal, ainda que o nascimento venha de uma morte, faz sentido?
Kim, caso esteja disposto, postei uma brincadeira lá na multidão, passa por lá, dá uma olhada, se achar interessante...
Abraço!
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