Podemos considerar três tipos de DNF, sendo que as
possibilidades de articulação entre eles viabiliza o enquadramento de todas as
situações reais possíveis:
O tipo “egoísta”: -Corresponde ao modelo de total independência…
A organização fornecedora
respeita apenas os seus interesses ( daí o termo egoísta), colocando no mercado
a proposta de cursos/ações de formação que lhe convém ( isto é, que considera
possibilitarem para si a melhor relação custo/benefício), impondo todas as
condições de realização, ficando, mais ou menos passivamente, à espera das
inscrições dos possíveis candidatos.
O tipo “altruísta”: -Corresponde ao modelo de total dependência…
Aqui é o inverso que se passa.
A organização fornecedora encontra-se completamente imersa na organização que
solicita a formação e ainda na sua dependência hierárquica. Não há aqui muito
espaço para a inovação e para a criatividade, propiciando-se, ao invés, a
subserviência e o seguidismo.
O tipo “personalizado”: -Corresponde aos modelos de total independência,
mas em complemento da actividade de consultadoria, formador free lancer e dependência/independência
relativas…
No caso do formador free lancer,
tal só é verdadeiro se o formador não abusar do seu estatuto/imagem para impor
soluções que, pelo simples facto de serem inpostas, serão logo
deontologicamente criticáveis.
Caso tal não se verifique,
estaremos então, como nos outros dois modelos referidos, perante formas de DNF
perfeitamente individualizadas, impossíveis de repetir ou exportar para outras
situações para além do caso específico que a justificou.
Podemos avançar na construção
do nosso sistema de formação, acrescentando-lhe o passo seguinte:
SISTEMA DE FORMAÇÃO
ORGANIZAÇÃO QUE
SOLICITA > PROBLEMA OBJECTIVO > SOLICITAÇÃO/ENCOMENDA
↓
↓
ORGANIZAÇÃO QUE
FORNECE > DETEÇÃO NECESSIDADES FORMAÇÃO > RESPOSTA FORMATIVA
|
L. Ferrão,M.
Rodrigues,Formação Pedagógica de Formadores,2000
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