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20/01/2009

ULUME

Afó-Artista Angolano
A história da evolução humana, ainda está ser reconstruída com as partes dispersas que sobreviveram com a composição genética das populações actuais. Com a separação dos hominídios ( antepassados dos seres humanos) dos seus parentes animais mais chegados, os antepassados dos chimpanzés, numa época situada entre 6 e 4 milhões de anos atrás, quando o clima africano estava a arrefecer e a secar, criando a savana, na qual era tão útil andar como trepar. Os primeiros hominídios de que temos conhecimento foram os Australopitecos, dos quais só em Áfrika foram encontrados vestígios; o testemunho mais remoto provém do árido vale de Awash, no norte da Etiópia, e data de há 4,4 milhões de anos. Os seres humanos descendem de Australopitecos de constituição frágil ou de um antepassado comum a ambos.


Os testemunhos mais antigos da existência humana, provêm de antigos depósitos aluvionares em margens de lagos na garganta Olduvai, na Tânzania, em Koobi Fora ( Turcana Oriental), no Kénia e na margem ocidental do lago Niassa. Datam de há cerca de 2 milhões de anos. O Homo habilis nos seus esqueletos indica vários seres humanóides.
Os registos arqueológicos revelam que , há cerca de um milhão e oitocentos mil anos, surge um ser humano mais avançado. Os primeiros exemplares de Homo erectus e de machados manuais, provêm das margens de antigos lagos situados na região oriental de Áfrika, embora tenham sido encontrados utensílios de pedra noutras zonas do continente afrkano, nas proximidades da água, raramente nas florestas topicais, onde o alimento era escasso.
O primeiro Homo sapiens, com um cérebro um pouco maior, surgiu há cerca de 400 000 anos e na sua evolução anatómica deu origem ao ser humano moderno. Existem divergências e controvérsias veja-se a obra Origins of Anatomically Modern Humans de M. H. e D.V. Nitecki,1994.

A certeza é maior quanto às evoluções registadas no continente africano, visto que o ser humano anatómicamente moderno aperfeiçoou os seus utensílios de pedra, fabricando lâminas e pedra a partir de lascas e depois equipando pequenas pedras pontiagudas com cabos de madeira ou de osso, uma fase que deverá ter ocorrido há cerca de 45 000 anos na Áfrika Meridional. A indústria microlítica do Vale do Nilo ( cerca de 35 000 a.C.)(1) talvez o primeiro exemplo da indústria mineira que se conhece no mundo. Situada em Iwo Eleru, na região ocidental da Nigéria, ( 10 000 a.C.) outra indústria mineira, revela-nos que aquela tecnologia chegara aos limites da floresta Ocidental.


A partir de diferenciados modos de fabricação dos utensílios, com um contributo pouco significativo das migrações, os niveis de resposta tecnológica aprimoraram se, pois a exploração de ambientes locais oiriginavam uma crescente perícia. Dada a imensidão do continente a população total parece ser menor.

Os despojos de cerca de 200 pessoas deste período microlítico, descobertos numa gruta em Taforalte, em Marrocos, revelam poucos sinais de violência, mas uma elevada taxa de mortalidade infantil, uma forte hibridação e muitas doenças crónicas como a artrite, o flagelo dos povos antigos.
Em Áfrika, a longa história da evolução humana, a abundância de animais selvagens e a imensidão de insectos criaram um espectro de doenças particularmente rico e dicersificado e muito superior ao das regiões tropicais das Américas.

(1)African Archaelogical Review,8, 1990 de P.M.Vermeersch, E. Paulissen e P. van Peer
Os Africanos história de um continente, Iliffe, John, 1995

1 comentário:

Anónimo disse...

ce blog a l'air bien interessant, mais ne parlant que très moderement la langue, il me reste hermetique