Nos termos “ dum regime de correcção progressiva”[1] e “como indicações que poderão, os interessados, instruir as suas próprias investigações” escrevia José Redinha na introdução ao seu livro Distribuição Étnica de Angola. Este "espírito" é de preservar para se fazer uma história , não para encontrar culpados ou inocentes, melhores ou piores seres humanos, mas sim, para uma aproximação aos "reais kotidianos". Sabemos hoje dos condicionantes na acção da descrição que qualquer ser humano faz de outros acontecimentos passados ou presentes, já que ele próprio tem seu arquétipo cultural. Seguro será a auscultação de variadas fontes que nos fornecem outras pistas ,outras ideias, pois que a existir, a verdade, está mais próxima da diversidade do que de “ uma opinião só “.
Convém contextualizarmos no espaço e tempo a elaboração do Mapa Étnico de Angola, pois que ele antece os fluxos migratórios que aconteceram depois daquela data.
É pacífica a ideia de que, na sua maioria Angola é uma Nação Bantu. Não só pela identificação etno-linguística, mas também por variadíssimos outros reflexos culturais.
Quero frisar os trabalhos realizados por MEJU MA JIKUKA e expostos no seu blogue, de extraordinária importância para a Etnografia e a Etnologia, disciplinas que nos orientam para o objecto a compreender , está ali , acontece , fazemos parte.
Soba Kioko
Sombo,Lunda-Angola
Segundo o citado mapa de José Redinha Angola tinha ( 1960) os seguintes grupos etnolinguísticos:
Kikongo - Umbundu - Vaambo-Ambó - Kimbundu - Ganguela
Herero - Lunda-Kioko - Nhaneca-Humbe - Oshindonga-Xindonga
http://mesumajikuka.blogspot.com/
[1] REDINHA, José, Distribuição Étnica de Angola, Luanda, Edic.8, 1974.
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