Considerando aqui a luz como primórdio das coisas, deus é identificado como luz, o fogo que brilha como uma ideia, corrente luminosa que corre o universo, percebemos a antecipação ao ser humano. Não é a luz que conceitua o ser humano, mas ela é a fonte do conceito elaborado, significando que já cá estava antes do humano.
Existe um fundo comum entre as religiões sendo o mais importante ou pelo menos aquele que se exerce mais visível : o ser humano como ser místico que é está sempre em interação constante com os fenómenos que sempre lhe escapam, não os dominando portanto. Como esses fenómenos estão sempre na esfera do intangível, a sujeição a algo de transcendente cativa e fá lo aceitar sempre toda a premissa que aponte um arco íris de felicidade ( vulgo paraísos, nirvanas e afins).
Assim a religião que antes de ser um conceito, é o ser humano e socorrendo- da teologia, ritualiza gestos de habituação, cristaliza crenças, para optimizar a sujeição do ser humano manipulando. A resposta final das religiões todas, está sempre para lá numa outra existência noutros espaços.
A tirania , entendida como verdade absoluta, impõe- se “ a minha verdade tem que ser a vossa” se não sereis castigados com o inferno , o sofrimento.
A arquitectura que é uma invenção do ser humano possui em si o gérmen puro do condicionamento ajuda a cimentar os conceitos religiosos, construindo grandes templos mesquitas e basílicas. Estas construções são feitas pelas mãos dos habitantes terrenos mas depois de acabadas tornam-se as “casas dos deuses”, lembrando que existem paraísos.
Contra os desvios e ao longo dos tempos criam se mecanismos de persuasão: a feitiçaria, a inquisição, os medos criados invocando a morte e os seus rituais. Impondo a força como demonstração e representação divina.
Sarcófagos, túmulos, jazigas são sempre cemitérios de mortos em última análise.
A manipulação dos seres humanos é o fundo comum das religiões.
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