Ao correr do teclado ou ao correr da pena.
Olhar o futuro é assim como
rajada de areia na tempestade do deserto.
Esfrego com palha de aço as córneas,
raspo a eloquente daltonidade, os brilhos e claridades surgem céleres, o ergo
sum esclarece tudo. Esta vida não é aqui, é ali nos confins do dissertativo
argumento, benzo me rapidamente não vá o diabo tecê las, e tornar a tese defesa
inofensiva e até vítima do seu movimento. Mas quem disse que a vida era fácil? O
sonho que é o sonho também acaba quando acordas. Não cries esse campo
desmesurado de incompreensão e incredubilidade.
Cinge te só à sagrada escritura e enquanto não regressas ao pó, assobia alegremente todos esses teus “Eus”, cozinha as tuas imperfeições no micro ondas: vais ver a rapidez do processo. Permite me só um derradeiro conselho: não pratiques muito a ejaculação precoce literária, pois há sérios riscos de levar te à impotência mental.
P.S. Pena: objeto que antecede a caneta que servia para escrever.
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